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Foto do escritor PAULO ROSSETTI

É o fim dos enxertos na Odontologia com os expansores de tecido mole baseados em hidrogéis?

Atualizado: 30 de mai.


Congresso IN2024

Que paciente não deseja melhorar sua autoestima? Todos. Porém, existem situações onde a reposição dentária não é capaz de devolver nem a anatomia do osso e nem a dos tecidos moles. Assim, nós profissionais recorremos aos enxertos.


E para quem trabalha nesta área, o “calcanhar de Aquiles” é fechar um retalho sem colocar tensão excessiva.


Raciocínio simples: toda área cirúrgica é uma ferida que precisa cicatrizar. As suturas nos ajudam muito. Mas se as margens do seu retalho de tecido mole não se ajustam bem, a ferida se abre, bactérias aproveitam a chance e...toda a sua terapia será perdida!


O osso que você colocou também poderá desaparecer.


Atualmente, mesmo que você necessite de osso, haveria uma possibilidade técnica para evitar o acréscimo de tecido mole partindo-se de outra região ou fonte externa.


Ela se chama balonamento. E o material a ser colocado é um expansor de tecido mole baseado em hidrogel. Essa técnica vem da cirurgia craniofacial.



Na Odontologia, o princípio de funcionamento seria o mesmo: depois de levantar um retalho total, o material expansor (uma cápsula de hidrogel) é colocada sob o tecido mole. No caso do hidrogel, por absorção de líquido, ele causaria uma pressão no tecido mole suprajacente.


Ao mesmo tempo que o tecido mole mudaria de volume (expansão), o hidrogel seria gradualmente incorporado ao seu organismo.


A última etapa seria reabrir a área e completar com o enxerto ósseo.


Entretanto, os hidrogéis de segunda geração (polímeros como a ácido metacrílico e vinil-pirrolidona) ainda estão na fase pré-clínica de testes.


Motivo? A pressão no tecido duro subjacente, se for excessiva, também provocará sua reabsorção.


Mas as perspectivas são excelentes, a partir do momento em que já se discute a criação de hidrogéis minimamente invasivos na engenharia tecidual.



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