O alinhamento dentário (ortodontia) é um sonho para muitas pessoas, principalmente porque ele melhora a autoestima.
Entretanto, o grau de mau posicionamento dentário, na arcada maxilar ou mandibular, também gera um tecido mole mais fino e suscetível à recessão gengival com graus variados.
Garantido: nenhum profissional gostaria de iniciar o tratamento ortodôntico e "piorar" o que já está caracterizado como recessão gengival.
Nesta situação, um trabalho recente mostra quais seriam os três pilares fundamentais para enfrentar o problema: 1) avaliar o risco de defeitos por recessão gengival e como mitigá-los, 2) avaliar clinicamente e por imagens (tomográficas de feixe cônico, quando necessário) o grau da deformidade (extensão e severidade do defeito), e 3) executar o aumento de tecido mole mais adequado.
Do ponto de vista da terapia, a saúde periodontal deve ser obtida ANTES da ortodontia ser realizada.
Depois, o tratamento ortodôntico deveria considerar três fatores básicos:
A presença de uma deformidade mucogengival
A quantidade/espessura de gengiva inserida (<1mm ou >1mm)
Se o dente se encontra "fora" ou "dentro" do seu envelope alveolar
Por exemplo, quando o paciente tem um defeito gengival e a sua gengiva é fina (<1mm), será necessário fazer o aumento do tecido mole (o tecido conjuntivo ainda é considerado padrão ouro nestas situações) ANTES do tratamento ortodôntico.
Em outro caso, se o dente com a deformidade gengival estiver fora do envelope alveolar, movimentos de torque/translação devem ser feitos para recoloca-lo no seu lugar, ANTES de qualquer terapia de aumento gengival.
Para simplificar a vida clínica, este trabalho ainda apresenta um belo fluxograma de decisão sobre o momento em que a Ortodontia entra como terapia nos casos de deformidade/defeito gengival.
Basta clicar no link abaixo:
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