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Plaquetas migram mais em substratos mais rígidos

  • Foto do escritor:  PAULO ROSSETTI
    PAULO ROSSETTI
  • 25 de fev.
  • 2 min de leitura

Na corrida das plaquetas, a qualidade da pista faz todo sentido
Na corrida das plaquetas, a qualidade da pista também faz todo sentido. Foto. I.A.

Plaquetas são os elementos que existem próximos a rede de fibrina, uma glicoproteína encontrada no coágulo sanguíneo. Os implantes dentários são trombogênicos (capazes de formar coágulo), fixando e ativando essas plaquetas.


Você já leu nesse blog que se a rede de fibrina for esticada / deformada, as plaquetas não serão ativadas.


Do ponto de vista técnico, se a rede de fibrina está menos compactada, ela se comportaria como um tecido macio ou mais mole.

Num estudo recente, a capacidade de mecanotransdução das plaquetas (sua migração, deslocamento) foi testada em três substratos de PDMS (polidimetilsiloxano rígido, intermediário, e macio) recobertos com fibrinogênio.


  • quando o substrato era rígido, as plaquetas conseguiam pegar o fibrinogênio que estava na superfície do PDMS, jogar para dentro do seu citoplasma, mudar o gradiente de concentração, seu forma, e migrar


  • quando o substrato era macio, as plaquetas não conseguiam puxar o fibrinogênio para si, não geravam esse gradiente, ficando paradas e em estado pró-coagulante


Pense numa pista de corrida, por exemplo: seus competidores seriam as plaquetas. Se a pista tiver boa qualidade (rigidez), corredores conseguem uma resposta melhor. Mas, se a pista estiver escorregadia (mole) ou o piso estiver se soltando, quem conseguirá chegar ao seu final?

Também, é impossível não imaginar que a maneira como a qual a rede de fibrina (especialmente o L-PRF) é obtida faz toda a diferença na ativação das plaquetas.


Qual a rigidez de uma membrana de L-PRF?


Num estudo experimental com sangue venoso de homens e mulheres, uma das duas membranas de L-PRF mostrou 0,08MPa de rigidez média (módulo de Young) obtida em 408G por 12 minutos numa centrífuga de bancada (IntraSpin, Intra-Lock).


Dentro os substratos testados no estudo acima, o PDMS rígido exibia 2 MPa, enquanto o PDMS intermediário mostrava 0,1 MPa, e o PDMS macio registrava 0,005 MPa.


Ou seja, guardadas as devidas limitações em cada estudo, uma membrana de L-PRF teria a rigidez aproximada de um PDMS intermediário.


Detalhe: as plaquetas também migravam sobre o PDMS intermediário, mas em quantidade e com uma velocidade menor.


O que acontece com o L-PRF líquido na superfície de implantes dentários?


Quando diversas marcas de implantes dentários, com suas respectivas superfícies aditivas ou subtrativas, são envoltas por uma membrana de L-PRF líquida, obtida em 2700 rpm por 3 minutos, o resultado final é uma variação na quantidade de plaquetas e na densidade da rede de fibrina.


O fato das plaquetas serem capazes de sentir a rigidez do substrato, além dos fatores de atração química, as coloca num outro patamar de pesquisa, e mostra que os concentrados plaquetários autólogos definitivamente têm um grande papel na odontologia regenerativa.


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