É importante medir o estado inflamatório periimplantar, mas se não temos os exames iniciais de radiografia e sondagem, o que seria melhor?
Um dia, a sonda periodontal foi chamada de “periodontômetro” e, como o nome sugere, sua função seria medir as profundidades de sondagem, como recomendou Charles H. Williams em 1936. Metade do século 20 foi destinada à criação de outros modelos de sondas e índices. Tudo isso baseado nas características anatômicas dentárias.
Veio o mundo dos implantes dentários contemporâneos e para alguns, a peri-implantite. Novas regras seriam estabelecidas, já que o modelo do ligamento periodontal não existe.
Pelo consenso mais recente, ficou definido que o sangramento, o exame de sondagem (≥ 6mm), e a perda óssea ≥3 mm em conjunto caracterizam o quadro de peri-implantite. Mas só vale quando temos todos os exames radiográficos e clínicos iniciais.
Agora, quando o paciente não é seu, ou seja, você não colocou o implante, não tem os exames iniciais: como proceder e o que usar?
Como o exame de sondagem e a radiografia são testes, isto nos remete à duas palavras mágicas:
Sensibilidade: quando o teste dá positivo e o paciente realmente tem a doença.
Especificidade: quando o teste dá negativo e o paciente não tem a doença.
Um estudo recente mostrou que nesses casos é melhor usar apenas o sangramento à sondagem e a radiografia considerando perdas ósseas ≥ 2mm como casos de peri-implantite moderada/severa, porque os valores de sensibilidade aumentam bastante.
Se o exame de sondagem for realizado em conjunto, ele não ajuda: reduz a sensibilidade.
Comentários