Qualquer pessoa que se sinta mal, ou necessite de uma cirurgia, estará nesse minuto diante de um médico, cirurgião-dentista, ou outro profissional de saúde.
E o movimento seguinte, na maioria dos casos, será deixar o consultório com um pedido de exame, o popular hemograma completo, aquele onde retirarmos 1 ou 2 tubos de sangue circulante venoso.
Mas, caso vocês acreditem ou não, esses tubos preciosos contêm uma amostra do que é necessário para suas células respirarem e se defenderem.
Quando nosso organismo é afetado/invadido, são esses elementos que entram em ação.
Troquem a palavra "afetado" por "intervenção": o implante dentário entrará em contato com o seu sangue.
E o que isso tem a ver com a tal da Osteoimunologia?
Vamos devagar: o que tem no tubo? Você não vê, mas o profissional do laboratório de análises clínicas sim. Usando um protocolo de centrifugação (os tubos rodam em velocidades de 2 mil a 3 mil rpm) , ele/ela conseguem separar os conteúdos em duas fases básicas: uma é mais clara (45% em volume, plasmática) e a outra é a mais escura (55% em volume, células).
O que tem na fase plasmática?
albumina, uma proteína que controla a pressão (ela é produzida pelo fígado)
transferrina: a proteína que transporta ferro e também está envolvida no mecanismo de controle do açúcar pela insulina
imunoglobulinas (IgG, IgA, IgM) que se ligam aos agentes invasores formando os complexos antígeno anticorpos
anti tripsina
lipoproteínas (proteínas que ligam aos lipídeos)
glóbulos brancos e plaquetas (defesa e fatores de crescimento)
O que tem na fase das células?
hemácias (transporte de oxigênio)
Se você leu cuidadosamente o texto acima, percebeu que temos "metais" que participam de funções importantes em nosso organismo. Entretanto, não são os únicos.
Ainda, que as células de defesa também podem ser identificadas e quantificadas.
O conteúdo do tubo só diz o que existe nele, mas não mostra a sua origem dos seus elementos e porque estariam conectados à Osteoimunologia.
É o que veremos na Parte 2.
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