Depois de 24 anos, parece que realmente a fada do dente vai se aposentar ou mudar de emprego? Quem sabe.
Nas décadas de 1990 e 2000, grupos de pesquisa na Europa e Japão haviam identificado os genes que controlavam o desenvolvimento dentário. Era possível até mexer na programação e tornar um incisivo em formato de molar.
Então, em 2021, um grupo de pesquisadores do Japão testou em pequenos animais a hipótese de controlar um dos prováveis genes que desligavam" esse processo de "nascer dente novamente", o USAG-1.
Como? Criando um anticorpo monoclonal. Essa tecnologia da terapia imune que permite usar o que há de melhor na medicina personalizada.
As análises histológicas e por micro tomografia computadorizada mostraram, em ratos, a formação de novos dentes mandibulares.
Essa deficiência de USAG-1 potencializa a ação da BMP, gerando dentes supranumerários.
Assim, os pesquisadores atacariam patologias como a anodontia (ausência dentária) e a oligodontia (quando as pessoas nascem com poucos dentes), por exemplo.
De acordo com a Universidade de Kyoto, no Japão, o remédio para nascer dente terá seus primeiros testes em humanos no mês de setembro de 2024, aceitando apenas pacientes que perderam um molar.
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