Na parte 1 desse post, falei sobre a taxa de sobrevivência dos implantes e como os 5% se comportam.
Entretanto, existe outro número: a taxa de sobrevivência cumulativa. O cálculo vem de um artigo clássico de 1958, desenhado para verificar essas taxas na terapia contra o câncer.
Desde então, parte desse trabalho é utilizada por nós, na Odontologia, para medir a taxa de sobrevivência cumulativa no implante dentário e na prótese fixa.
Vamos supor que você instale 400 implantes, e depois de 1 ano, tenha perdido apenas 3. A sua taxa de sobrevivência no período será: 397 sobreviventes / 400 total = 99,25%.
vamos chamar essa taxa de P (0 - 1 ano) = 99,25%
Automaticamente, a taxa acima, que envolve o período inicial, se torna a primeira taxa cumulativa na tabela.
Agora, supondo que no período entre 1 - 2 anos, você consiga examinar 267 implantes e tenha perdido 7 implantes. A sua taxa de sobrevivência no período entre 1 e 2 anos será:
260 / 267 = 97,37%.
vamos chamar essa taxa de P (1 - 2 anos) = 97,37%
A nova taxa cumulativa após 2 anos será:
99,25% x 97,37% = 96,64%
Se no próximo período, independente do número de implantes que você examinar, nada for perdido, a sobrevivência é de 100%.
E a próxima taxa cumulativa continuará em 96,64%.
Importante: a taxa cumulativa recente é sempre a multiplicação da taxa cumulativa antiga x taxa de sobrevivência mais nova.
Isto explica porque as taxas de sobrevivência por períodos não podem ser iguais às taxas de sobrevivência cumulativas.
Com as perdas, a tendência cumulativa é sempre menor e se estabiliza quando todo o período de estudo terminar.
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