Escâneres intraorais: do que são capazes? Parte 2
- PAULO ROSSETTI
- 19 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 9 de fev.
Na parte 1, os escâneres intraorais foram considerados por analogia como ferramentas musicais. Nós precisamos aprender a lidar com o "peso" dos instrumentos e domina-los ao longo do tempo.
Os desafios de escaneamento não existem só nas situações de scanbody, mas também ao redor dos dentes, especialmente na captura da geometria e morfologia dos preparos subgengivais em prótese dentária.
Aprendemos que os preparos subgengivais (pelo menos 0,5mm dentro do sulco) seriam suficientes para proporcionar estética nas áreas vestibulares e interproximais. Mas nem sempre esse "0,5mm" é encontrado, podendo chegar aos 1mm, em função de diversos fatores.
Assim, o novo desafio é compreender o quanto da luz emitida pelos escâneres é capaz de caminhar em profundidade.
Como estamos falando de pesquisa laboratorial, de partida, é impossível simular o fluido gengival e outras variáveis. Entretanto, pode-se usar o "wand" paralelo (delineador) ou dentro da cavidade com o manequim simulando a cabeça e as gengivas.
Com relação à simulação subgengival usada aqui, ela está contida no alvéolo do manequim (molar inferior), sendo um "tanque" retangular impresso 3D, com as dimensões laterais padronizadas, e profundidades subgengivais (variando entre 0,5mm até 4,0mm), rodeado por resina rosa artificial.
Os escâneres intraorais testados e os programas correspondentes foram:
Primescan (CEREC v. 5.1.8)
TRIOS3 (TRIOS Design studio v.2022.1)
Omnicam (CEREC v.5.1.8)
A imagem de referência (escâner de bancada):
InEosX5 (Inlab 22.2.0)
Como resultados, foi observado que:
no geral, quanto maior a profundidade subgengival simulada, menor a acurácia dos escâneres testados que possuíam tecnologias antigas
até os 2mm de profundidade, não houve diferença estatisticamente significativa entre os aparelhos
contudo, nenhum dos escâneres testados nesse estudo conseguiu ultrapassar os 2mm de profundidade gengival e manter a média de acurácia até os 4mm de profundidade
Nós sabemos: em prótese fixa, além da profundidade, o sistema de afastamento/manutenção gengival deve proporcionar o espaço adequado ao material de moldagem. Se não houve estabilidade da margem ao se remover o fio, nem a tecnologia mais avançada conseguirá captar os detalhes da linha de término do preparo.
Vamos em frente e uma tarde de quinta-feira com muita luz pra vocês!
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