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Endocrown em dentes anteriores: os pinos estão com seus dias contados?

  • Foto do escritor:  PAULO ROSSETTI
    PAULO ROSSETTI
  • 8 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 21 de dez. de 2024


Quem nunca, no consultório, já fez endocrown (sem saber) e não contou para ninguém? Levantem as mãos, por favor.


Cinco da tarde de uma sexta-feira: aquela coroa provisória com pino provisório curto (o famoso "pinico"), o canal ainda em tratamento endodôntico, uma perda ampla de dentina interna, e você aí se perguntando: será que o meu sistema adesivo não daria conta do recado?


De tanto pensar em voz alta, alguém captou a sua ideia e a transformou numa "endocrown".



Muito prazer! Sou uma endocrown!


Ou seja, nada mais do que o aproveitamento do volume da câmara pulpar após a terapia endodôntica. E não só da câmara pulpar, mas também da porção interna extra coronária acima da gengiva, as paredes que correspondem à dentina.


Em adesão na Odontologia, sabemos que o tamanho da área conseguida aumenta consideravelmente os valores de resistência mecânica. É pura física: se a pressão exercida é a força dividida pela área, quanto maior a área obtida, menor a força, menor a pressão.


Então porque não trabalhar essas porções internas e lambreca-las com uma bela quantidade de cimento adesivo?


Quem sabe não aposentemos de vez nossos pinos intracanal?


Naqueles tempos de pinos metálicos, já havia uma garotada (subestimada) proclamando os benefícios da adesão. Clique aqui para não perder o bonde da história...

Endocrown em dentes anteriores: funciona ou não?


O trabalho mais recente é uma meta-análise com alguns estudos laboratoriais, e obviamente devem ser interpretados com cautela.


Entretanto:


  • as endocrowns feitas em resina composta mostraram maior valor de carga de fratura e número menor de falhas catastróficas em relação às restaurações tradicionais.

  • a combinação de um pino de fibra de vidro com uma endocrown de resina composta também gerou bom comportamento mecânico

  • a distribuição do estresse parece mais homogênea no grupo das endocrowns



Assim, o desempenho mecânico de uma endocrown pode ser similar ou muitas vezes superior.

Também, vale ressaltar que a extensão vertical aproveitada da câmara pulpar nesses estudos variou entre 3 e 10mm, um fato comum no dia a dia da clínica.


Mais uma vez, não é a palavra definitiva sobre o assunto, como alertam seus autores, já que existem outros parâmetros clínicos ainda não analisados.


Clique abaixo e confira:




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